Apesar de estar
bem longe da ocidental praia lusitana, tratei de acompanhar as eleições
europeias e, em especial, as que se realizaram em Portugal. O nível de
abstenção (69%) é demasiado alto e muito preocupante numa democracia que se
quer participativa e os nossos políticos devem tirar daí as respectivas
conclusões, pela sua lastimável falta de pedagogia democrática e absoluto
desconhecimento do que são os seus deveres para com o povo.
A abstenção resulta de muitos factores, mas a pouca vergonha que foi a campanha eleitoral feita por alguns candidatos, já indicava que muitos eleitores não iriam participar nessa farsa mentirosa e nada esclarecedora.
A abstenção resulta de muitos factores, mas a pouca vergonha que foi a campanha eleitoral feita por alguns candidatos, já indicava que muitos eleitores não iriam participar nessa farsa mentirosa e nada esclarecedora.
Ao tratar as
eleições europeias como uma prova de confiança no seu governo, o
primeiro-ministro António Costa foi o grande vencedor, conseguiu o seu
objectivo e obteve uma grande vitória, isto é, apostou no que mais lhe
interessava internamente, mas esqueceu-se da Europa. Pelo contrário, o seu
adversário directo Rangel, que também se esqueceu da Europa, teve uma campanha
indigna com base em difamações e insultos, fazendo com que o seu partido
tivesse a maior derrota de sempre. Pagou por isso. O partido da Cristas, que
também se esqueceu da Europa, adoptou uma linguagem insultuosa para António
Costa e viu-se relegado para o 5º lugar do ranking
partidário, apenas ligeiramente à frente do partido dos animais e da natureza.
Pagou por isso.
Era bom que esta
gente aprendesse a fazer campanhas eleitorais sérias, esclarecedoras, com
propostas fundamentadas e que não se deixasse instrumentalizar pela mediocridade, porque desta forma e com este tipo de candidatos, a
nossa democracia enfraquece porque o povo não lhes perdoa.
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