Um incidente
ocorrido nas águas do golfo da Guiné em que esteve envolvida a fragata
dinamarquesa HDMS Esbern Snare
(F342), teve honras de primeira página no Jyllands-Posten, o jornal de maior
tiragem da Dinamarca, que tem a sua sede na cidade de Aarhus.
Desde o passado
mês de Outubro que aquele navio se encontra em missão no golfo da Guiné, a área
que vai desde o Senegal até Angola e que é a região do mundo onde a pirataria
marítima actualmente está mais activa, pois no ano passado ali ocorreram 22
incidentes em que foram raptados 130 tripulantes. Daí tem resultado um esforço
internacional para combater esse tipo de criminalidade marítima que tem sido
liderado pela União Europeia e na qual têm estado envolvidos meios navais de
diversos países, incluindo Portugal.
A fragata
dinamarquesa HDMS Esbern Snare detectara
uma embarcação suspeita e lançou o seu helicóptero em direcção ao local, tendo
verificado que era uma lancha com oito homens e com vários utensílios
associados à pirataria, incluindo escadas de abordagem, que se aproximava de
navios mercantes. Quando anoiteceu a fragata lançou os seus botes insufláveis rápidos
(Rigid-Hulled Inflatable Boat ou RHIB)
com pessoal dos fuzileiros dinamarqueses para interceptar a embarcação
suspeita, mas esta decidiu não obedecer ao pedido para que parassem para serem
vistoriados e respondeu aos tiros de aviso, com tiros feitos directamente às RHIB
dinamarquesas. Do confronto que se seguiu, resultaram quatro piratas mortos,
enquanto os outros quatro foram capturados, sem que qualquer fuzileiro
dinamarquês tivesse sido ferido.
Segundo refere o
jornal, foi o baptismo de fogo dinamarquês no golfo da Guiné e foi um caso que
foi destacado no maior jornal do país, a mostrar como as actividades navais são
acompanhadas pela imprensa dinamarquesa, porque interessam aos leitores e porque são
estimulantes para quem anda envolvido em missões de risco.
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