Faltava apenas um
empate para que a selecção portuguesa assegurasse a sua presença na fase final
do Campeonato do Mundo de Futebol, que será realizado no Qatar no próximo ano.
Faltava apenas defrontar a Sérvia e era em Lisboa, com o estádio da Luz a
abarrotar de adeptos e de bandeiras. Faltava apenas ultrapassar os noventa
minutos de jogo e a confiança era geral. O apuramento estava quase garantido.
Eram favas contadas e até um golo no minuto inicial parecia abrir o caminho
para a vitória. Os jogadores deixaram-se embalar, deixaram de correr, deixaram
de lutar. Ao nonagésimo minuto surgiu um golo sérvio e toda a arrogância
palavrosa do nosso treinador, que nos tinha garantido que estaríamos no Qatar,
se desfez.
Uma derrota
destas não é tragédia nenhuma, embora seja difícil de engolir porque a equipa
jogou mal, muito mal, sem esforço, sem luta, sem alegria. Eles queriam ganhar,
mas ninguém lhes disse que tinham de correr e de lutar. Não basta que a equipa
seja constituída por artistas talentosos e muito endeusados pelos media, pois é preciso incutir-lhes um
espírito ganhador, o que implica humildade, disponibilidade, coesão e muita
disciplina da parte dos artistas, o que não foi o que se viu ontem. Foi o “eclipse total” como bem
salientou o jornal O Jogo, embora se refira que os outros jornais que vivem do
futebol e que dão pelos nomes de A Bola
e Record, tenham escolhido títulos
excessivos como as palavras “Miserável” e “Vergonha mundial”, esquecendo que
com a sua laudatória habitual têm muita responsabilidade no “eclipse” que
aconteceu. Passam cada edição a tratar os jogadores como bestiais, mas bastaram-lhes noventa minutos para que os tratassem
como bestas.
Em Março disputam-se os play-off e pode ser que a selecção
portuguesa ainda se qualifique para o Qatar…
A Sérvia mereceu ... nós tivemos uma noite má. Melhores tempos virão ... espero!
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