A equipa da
África do Sul, conhecida como os Springboks,
ganhou a 10ª edição da Rugby World Cup e tornou-se a selecção com mais troféus
nesta prova ao arrecadar pela 4ª vez o Webb Ellis Trophy, por ter batido na
final a equipa da Nova Zelândia, conhecida como os All Blacks.
O mérito da
vitória sul-africana é indiscutível, mas o triunfo foi difícil. Nos
quartos de final venceram a França por 29-28, nas meias-finais bateram a
Inglaterra por 16-15 e na final derrotaram a Nova Zelândia por 12-11, isto é,
foram três vitórias tangenciais em jogos mata-mata e todas conseguidas no Stade
de France, em Saint-Denis.
Nelson Mandela
que faleceu em 2013, deve ter-se sentido muito orgulhoso no seu túmulo. Durante muitos anos o
râguebi era tido na África do Sul como um desporto-símbolo do apartheid e a população negra tinha-o
como um dos símbolos da opressão branca. Em 1995 a Rugby World Cup realizou-se
na África do Sul e foi o então presidente Nelson Mandela que juntou todos os
sul-africanos, negros e brancos, em torno do apoio à sua selecção que, nesse
ano, ganhou o seu primeiro Mundial. O râguebi tornou-se desde então no novo símbolo da
unidade nacional sul-africana e o jornal The Citizen, que se publica em
Joanesburgo, destacou essa grande vitória desportiva.
Nesta recente
Rugby World Cup a selecção portuguesa, que na gíria da modalidade é conhecida como os Lobos, esteve em destaque e pelos resultados
obtidos, ficou posicionada no 13º lugar do ranking
mundial do râguebi, que é o segundo desporto colectivo mais praticado no mundo,
com quase sete milhões de jogadores registados em mais de 170 países.
Estão de parabéns
os Springboks, mas também os nossos Lobos!
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