segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Macau e as boas memórias portuguesas

A República Popular da China é o país que, depois da Itália, mais registos tem na World Heritage List da Unesco e, entre os seus 57 monumentos ou sítios classificados, encontra-se desde 2005 o “Centro Histórico de Macau”.
Macau foi uma criação portuguesa desde meados do século XVI e o seu traçado urbano, bem como os edifícios residenciais civis e religiosos, combinam os estilos português e chinês, constituindo “um testemunho excepcional do encontro das tendências estéticas e culturais, arquitectónicas e tecnológicas do Oriente e do Ocidente”, segundo relata a Unesco. Além disso, naquele espaço, ainda há o Farol da Guia, a Fortaleza do Monte, o Porto Interior, o templo de A-Ma e o morro da Penha, entre outros locais de grande interesse histórico e cultural. Porém, o território que em 1999 voltou à soberania da China, tem sido objecto de grandes construções que tendem a afectar os “corredores visuais” entre o centro histórico e a paisagem marítima, pelo que as autoridades foram alertadas pelo Comité do Património Mundial da Unesco para essa situação.
Dez anos depois de ter começado o processo de elaboração do Plano de Salvaguarda e Gestão do Centro Histórico de Macau, o regulamento administrativo está finalmente pronto, estabelecendo princípios orientadores, fixando 11 “corredores visuais”, 19 “ruas pitorescas” e 24 zonas de “tecido urbano”, que visam essencialmente as 22 edificações classificadas no centro histórico e definem as “condições restritivas de construção” e os “critérios para o restauro arquitectónico”.
O jornal ponto final, um dos três jornais portugueses que se publicam em Macau, destaca na sua edição de hoje a aprovação do Plano de Salvaguarda e Gestão do Centro Histórico de Macau que, se vier a ser cumprido, contribuirá para a preservação da memória portuguesa em Macau.

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