Poucas horas
depois de, no Domingo de Páscoa, ter aparecido na varanda da Basílica de São
Pedro, no Vaticano, para dar a tradicional benção Urbi et Orbi, o Papa Francisco não resistiu a um AVC e entrou em
coma, a que se seguiu um quadro irreversível de insuficiência cardíaca.
O Papa Francisco,
nascido em Buenos Aires como Jorge Mario Bergoglio, tinha 88 anos de idade e
foi o 266º Papa da Igreja Católica e o primeiro pontífice não europeu em mais
de mil anos. Foi eleito Papa no dia 13 de Março de 2013 e escolheu o nome de
Francisco, em referência a São Francisco de Assis e à sua “simplicidade e
dedicação aos pobres”, tendo sido o primeiro membro da Companhia de Jesus que
foi escolhido para dirigir a Igreja Católica e para ser Bispo de Roma.
A morte do Papa
Francisco ocupa a primeira página dos jornais internacionais, o que mostra o
reconhecimento do mundo pela sua figura e a sua obra, definindo-o como “o Papa
de todos”, “o Papa dos pobres”, “o Papa do povo” ou “o Papa da coragem”.
Durante o seu
pontificado (2013-2025) o Papa Francisco realizou 48 viagens apostólicas em
todos os continentes, incluindo duas viagens a Portugal em 2017 e 2023,
escreveu algumas exortações apostólicas ou encíclicas papais e cartas
apostólicas, estabeleceu diálogos intensos com a juventude e com o Islão, tomou
posição sobre as problemáticas bioéticas e ambientais, a justiça social, os
abusos sexuais na Igreja, a participação das mulheres na Igreja e condenou os
excessos do capitalismo – esta economia
mata ou o dinheiro deve servir e não
governar.
O Papa Francisco
foi uma das poucas vozes mundiais que defendeu negociações e lutou pela paz,
tanto na Ucrânia como no Médio Oriente, não cedendo à narrativa dominante dos
que estimulam a guerra.
Os 1400 milhões
de católicos estão de luto, mas todo o mundo reconhece a grandeza e o exemplo do
Papa Francisco.
Um homem bom que sempre apelou à paz e que dirigiu pelo exemplo ... que descanse em paz.
ResponderEliminarDo blogue DIVAGAÇÕES:
ResponderEliminar"Ontem morreu fisicamente um HOMEM: FRANCISCO.
Um HOMEM que fez do exemplo a melhor arma para defender o que defendia.
A sua memória perdurará nas cabeças daqueles, presentes e vindouros, que persistam em bater-se pela Dignidade do ser humano e pela Paz no Mundo.
E quem sabe, talvez também, por pouco que seja, que alguma coisa da sua obra entre na cabeça dura e malévola dos monstros que por aí andam e que se consideram donos do mundo."