quarta-feira, 22 de maio de 2019

A justa consagração de Chico Buarque

Chico Buarque de Hollanda foi o vencedor do Prémio Camões 2019. Fico contente!
O Prémio Camões constitui o mais prestigioso prémio da literatura de língua portuguesa e foi tão grande a justiça da escolha que as felicitações ao premiado surgiram por toda a parte, reconhecendo o seu talento e o seu contributo para a difusão da língua portuguesa, como músico, poeta, romancista e autor teatral. O jornal Público destacou essa boa notícia em primeira página.
Chico Buarque é um dos brasileiros de maior notoriedade artística e uma referência da cultura brasileira em Portugal. Nascido no Rio de Janeiro e com 74 anos de idade, ele é um dos mais inspirados autores da música popular brasileira e na sua obra literária e musical contam-se centenas de canções, dezenas de discos, algumas peças teatrais e vários romances. Não é fácil escolher exemplos do seu talento e da sua criatividade artística, mas talvez se possam distinguir os romances Budapeste e Leite Derramado, que venceram o Prémio Jabuti como livro do ano, ou a inspirada Ópera do Malandro ou, ainda, a peça Morte e vida severina, que musicou. Porém, serão os textos das suas canções, desde a Construção e a Minha história, que o tornaram mais conhecido no Brasil e em Portugal. Crítico da ditadura militar brasileira chegou a auto-exilar-se em Itália. 
A sua homenagem ao 25 de Abril e à revolução dos cravos com a canção Fado Tropical e, em especial, com a canção Tanto Mar, perduram em Portugal como algumas das suas mais inspiradas criações que celebraram a reconquista da Liberdade e da Democracia em Portugal.

Sei que estás em festa, pá. Fico contente!
E enquanto estou ausente, guarda um cravo para mim.

Eu queria estar na festa, pá. Com a tua gente.
E colher pessoalmente, uma flor no teu jardim.
 

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