As eleições para
o Parlamento Europeu iniciaram-se hoje com os britânicos e os holandeses a irem
às urnas. Amanhã votarão os irlandeses e, no sábado, irão votar os cidadãos da
Letónia, da República Checa e da Eslováquia. Finalmente, no domingo votarão os
eleitores dos restantes 22 países da União Europeia. Assim, serão escolhidos os
751 deputados que representarão os mais de 510 milhões de cidadãos da União
Europeia, aos quais cabe um importante papel na defesa e no reforço do projecto
europeu que, apesar de todos os desvios e atropelos que vão acontecendo,
continua a ser um ideal de paz, de progresso e de solidariedade.
O ritual das
eleições é cansativo e doentio, mas faz parte do processo democrático com as suas
inenarráveis campanhas eleitorais que, em vez de mobilizarem os cidadãos para o
voto, provocam um efeito contrário. Por isso, é grande o desinteresse dos 400 milhões de eleitores e a abstenção que se adivinha é preocupante. Há mesmo um paradoxo
nesta questão, como se tem visto em Portugal, com uma campanha que vai muito
para além da normal e desejável confrontação de ideias, para se situar
num deplorável conjunto de acusações e de insultos, de agressividade e de suspeitas gratuitas, conduzidos
sobretudo por esse agitador reacionário e desbocado que é o deputado Rangel, embora haja outros que parecem copiá-lo. Uma tristeza, a lembrar outros tiranetes que puseram a Europa a arder!
Hoje a revista
italiana Espresso fala da Nossa
Pátria Europa. É uma frase simbólica mas que é muito expressiva quanto a um
ideal que tem que ser aprofundado, contra Farages, Salvinis, Orbáns e Rangéis. Eu já utilizei o meu voto antecipado. Deseja-se agora que os
portugueses, mas também os outros cidadãos europeus, votem no próximo domingo para dar força à ideia de Europa!
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