quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Plásticos contaminam costas espanholas

No passado dia 8 de Dezembro, um navio que navegava ao longo da costa portuguesa na latitude de Viana do Castelo, perdeu parte da carga que transportava, incluindo contentores com abundantes pellets, que são pequenas bolas de plástico que, entre outras aplicações, servem para ajudar a acomodar cargas sensíveis nos contentores durante as viagens marítimas, como automóveis, electrodomésticos e vários outros equipamentos.
Segundo informações divulgadas pelo governo espanhol, o armador do navio informou que caíram ao mar mais de mil sacos com cerca de 26,2 toneladas destas bolas com cerca de cinco milímetros de diâmetro, que estão agora a dar à costa no norte de Espanha.
O primeiro sinal de alerta ambiental deu-se na Galiza, cujas praias começaram a ser contaminadas. As autoridades e muitos grupos de voluntários, recordados do desastre ambiental do petroleiro Prestige, assumiram uma “misión voluntariosa pero imposible”, como titulou o jornal Faro de Vigo. Porém, a contaminação marinha das pellets de plástico, também chamada “maré de plástico”, afectou todo o norte de Espanha, passando às costas das Astúrias, da Cantábria e do País Basco, onde foi declarada uma situação de emergência. De acordo com um especialista português “nas praias espanholas estão esferas de plástico de cinco milímetros que facilmente se partem, passando a microplásticos quando tiverem menos de um milímetro, fraccionando-se depois e constituindo nanoplásticos”, que vão entrar na cadeia alimentar de peixes e bivalves e, naturalmente, chegarão à cadeia alimentar dos humanos. Este tipo de acidente ainda é pouco conhecido e não se sabe como evoluirá, nem como afectará o ambiente marinho e os seres vivos.

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