O dia de hoje foi
muito intenso no que respeita a acontecimentos e ao respectivo
noticiário internacional. Em Washington encontraram-se Donald Trump e Emmanuel Macron e, em
Kiev, o presidente Zelensky recebeu os líderes do Conselho Europeu e da
Comissão Europeia. Noutro plano, também de Roma chegaram notícias um pouco mais
animadoras sobre o preocupante estado de saúde do Papa Francisco. Todos esses
acontecimentos, cada qual à sua maneira, foram muito importantes.
Porém, os
resultados das eleições antecipadas que se realizaram na Alemanha e o seu
significado no contexto europeu, também foram um acontecimento relevante, numa
altura em que a Europa anda muito desorientada, pois trata-se do mais populoso
país da União Europeia e a sua maior potência económica. A democracia funcionou
e aconteceu a alternância no poder, isto é, ao governo do SPD vai suceder o
governo da CDU e a Olaf Scholz vai suceder Friedrich Merz, qualquer deles com necessidade de coligações.
As sondagens
acertaram e os conservadores da CDU de Friedrich Merz venceram com 28,52% dos
votos e 208 mandatos, seguidos pela extrema-direira do AfD de Alice Weidel com
20,8% dos votos e 152 mandatos e dos sociais-democratas do SPD de Olaf Scholz
com 16,41% e 120 mandatos. Estes números são indicados na edição de hoje do Bild,
o antigo Bild Zeitung, que é o maior
jornal da Alemanha.
Foi significativa
a subida da AfD e a queda do SPD mas, sobretudo, parece que a Alemanha pode
voltar a ter um protagonismo europeu como tinha nos tempos de Angela Merkel, em
que se sabia quem mandava na Europa.
Neste tempo de
tanta incerteza no mundo, com Trump, com Putin e com Zelensky, é preciso que a
Europa se afirme unida, afirmativa, solidária, com rosto e sem as vaidades
pessoais e os egoismos nacionais que a têm caracterizado nos últimos tempos. Pode ser que a Alemanha de Merz seja diferente da Alemanha de Scholz...
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