Donald John
Trump, o 47º presidente dos Estados Unidos, completou os primeiros cem dias do
seu mandato e, um pouco por todo o mundo, fizeram-se balanços sobre as
consequências internas e externas das suas decisões. Estas são de tal forma
destabilizadoras da ordem mundial que se diz terem sido ”100 dias que abalaram
o mundo”, a lembrar o famoso livro de John Reed sobre a revolução russa de 1917
e o fim dos czares, a que deu o título de “Os dez dias que abalaram o mundo”.
Donald Trump está
a criar o caos no mundo, ao questionar alianças militares, ao negar acordos e
práticas comerciais consolidadas e ao alimentar confrontos e incertezas. Depois
de ter prometido acabar com a guerra da Ucrânia em 24 horas e de ter alinhado
com as posições russas e contrariado as posições europeias, tem alternado
declarações que no essencial desvalorizam e até humilham os dirigentes
europeus. As suas declarações quanto à Gronelândia e ao Canadá são demasiado
agressivas e mostram como são enviesadas as suas noções sobre soberania
nacional, enquanto as suas deportações em massa demonstram como são erradas as
suas ideias sobre direitos humanos.
A aliança
euro-atlântica construída desde a primeira Guerra Mundial está em risco e com
ela o equilíbrio em que se tem baseado a vida de dois continentes e até do
mundo.
Nos Estados
Unidos, cuja população se entusiasmou com o Make
America Great Again e lhe deu o seu voto, o protesto para travar Donald
Trump já começou por todo o país, porque a economia desacelerou, o desemprego e o custo de vida aumentaram e os mercados financeiros caíram. Mesmo os trumpistas não terão imaginado que se pudesse ir tão longe na destabilização da ordem mundial.
A situação é
complexa e ainda não se vê a luz ao fundo do túnel do desanuviamento das
relações euro-atlânticas que o Donald John Trump tem incendiado.
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