O resultado do
referendo escocês que reafirmou a unidade do Reino Unido e rejeitou a independência
da Escócia foi um acontecimento importante que descansou o nervosismo de muita
gente nas ilhas Britânicas, que não sabia o que fazer se o resultado fosse
outro. Entretanto, houve muita gente, quer no Reino Unido, quer na União
Europeia, que decidiu descansar sobre o resultado do referendo escocês,
pensando que tinham arrefecido as tendências separatistas, independentistas ou
descentralizadoras que se têm manifestado em vários países europeus mas,
provavelmente, para esses movimentos aconteceu que o resultado da Escócia
correspondeu apenas a uma batalha perdida e que “a guerra não está perdida”.
A Catalunha é um exemplo da vontade que se reforçou depois do referendo escocês, com a exigência da realização de um referendo semelhante que se realizou no passado dia 18 de Setembro. Assim, será uma enorme ingenuidade pensar que as aspirações autonomistas catalãs, tal como as de outras regiões, vão desaparecer por causa da Escócia, até porque o actual ambiente de recessão e de austeridade europeia muito contribui para as causas separatistas.
A Catalunha é um exemplo da vontade que se reforçou depois do referendo escocês, com a exigência da realização de um referendo semelhante que se realizou no passado dia 18 de Setembro. Assim, será uma enorme ingenuidade pensar que as aspirações autonomistas catalãs, tal como as de outras regiões, vão desaparecer por causa da Escócia, até porque o actual ambiente de recessão e de austeridade europeia muito contribui para as causas separatistas.
Por isso, o atraente
grafismo da capa do diário madrileno ABC
induz nos seus leitores a ideia que o processo catalão está em perda e que a
consulta popular que milhares de pessoas reivindicam nas ruas, se diluiu com o
resultado escocês. Porém, essa é apenas uma opinião do jornal, pois a realidade
parece ser outra. De resto, o diário ABC
que é um dos maiores jornais espanhóis e que é conhecido pela sua qualidade jornalística,
mas também pelas suas tendências conservadoras, apoio à monarquia e defesa da unidade
da Espanha, não está a fazer outra coisa que não seja o cumprimento da sua
cartilha ideológica e a procurar formar
em vez de informar os seus leitores.
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