Hillary Clinton,
a antiga Primeira-dama e Secretária de Estado anunciou a sua
candidatura às eleições presidenciais americanas de 2016 e essa iniciativa
lembra-me as eleições presidenciais portuguesas que, nos últimos dias, têm
ocupado a agenda mediática portuguesa.
Em ano de
eleições legislativas que vão escolher as políticas e a equipa que nos vai
governar nos próximos quatro anos, o tema das eleições presidenciais é
prematuro e inoportuno, mas tem servido para não se falar nos assuntos
inconvenientes para o governo, que são muitos. Não se fala na trapalhada das
dívidas do Primeiro-ministro à Segurança Social, nem naquela mentirosa
afirmação de que não há dívida nova e que os cofres estão cheios, nem naquele
Secretário de Estado arrogante e mentiroso que disse que não havia listas VIP,
nem nas nomeações de boys e girls para recompensar lealdades
partidárias, nem na lata com que o irrevogável se pavoneia sem nada de útil ter
feito no governo, para além das passeatas. Não se fala no desemprego, nem na
dívida que tem aumentado, nem no défice que encalhou nos 4%, nem na falta de
investimento, nem na pobreza que vemos nas ruas desta cidade de Lisboa. O que
tem ocupado a agenda mediática são os candidatos presidenciais, já anunciados
ou ainda por anunciar, como o neto, o morais, o amaral, o vitorino, o sampaio,
o carvalho, o marcelo, o lopes, o rio e outros que hão-de aparecer. É uma
grande alegria termos tanta gente capaz de ocupar o palácio de Belém. São todos
homens e, com alguma timidez, também têm sido lançadas na praça pública algumas
personalidades femininas, o que é muito positivo, mas que tem que ser visto com
cuidado.
Já imaginaram se
o exemplo dos Estados Unidos atravessa o Atlântico e chega até nós? À semelhança
de Hillary Clinton teríamos a actual Primeira-dama candidata e teríamos um
Aníbal, tal como o Bill, a fazer de primeiro-damo ou primeiro-cavalheiro. Para
quem está satisfeito com os dez anos de cavaquismo presidencial, aqui está uma
alternativa para que o Aníbal e a Maria troquem de papéis e nos continuem a
divertir. Talvez o primeiro Passos apoie esta divertida solução...
Não lhes dês ideias...
ResponderEliminarCredo!
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