Foi anunciada
para hoje a cerimónia da inauguração do novo
canal do Suez, a designação que foi adoptada para identificar uma nova via
com 37 quilómetros paralela ao anterior canal e, também, o alargamento e
aprofundamento de um troço de 35 quilómetros da via original de 72 quilómetros.
Com este novo canal, prevê-se que
aumente de 49 para 97 o número de navios que possa utilizar diariamente o canal
e que o tempo de navegação seja reduzido de cerca de 20 para 11 horas. Dessa
forma, vai haver uma melhoria considerável na ligação marítima entre a Europa e
a Ásia, mas também uma maior integração da economia mundial.
O canal que liga
os portos egípcios de Port Said no mar Mediterrâneo a Suez, no mar Vermelho tem
195 quilómetros de extensão, foi construído pela companhia do Suez de Ferdinand
Lesseps e foi inaugurado em 1869. Depois de uma vida atribulada, a companhia do
canal que era controlada por capitais franceses e ingleses, foi nacionalizada
em 1956 pelo presidente Gamal Abdel Nasser.
Após 145 anos de
serviço, o canal teve agora e pela primeira vez uma intervenção de expansão,
que se espera venha a criar um milhão de postos de trabalho e a gerar um substancial
aumento de receitas para o Estado egípcio.
Hoje, o
presidente Abdel Fattah al-Sissi inaugura esta segunda rota do canal numa
cerimónia em que estarão presentes alguns chefes de Estado estrangeiros, com
destaque para François Hollande, o convidado de honra. Haverá uma grande parada
naval que será sobrevoada por três aviões de combate Rafale e oito F16 recentemente
entregues pela França e pelos Estados Unidos. Numa altura de muita perturbação
regional e de ameaças jihadistas no seu próprio território, as autoridades
egípcias dão um incremento ao comércio mundial e um sinal ao mundo de
estabilidade e de confiança no futuro.
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