O Parlamento
britânico decidiu ontem à noite o envolvimento na campanha aérea em curso na
Síria contra o ISIS por uma maioria de 174 votos, depois de 397 deputados terem
votado a favor e 223 deputados terem votado contra. Segundo refere a imprensa inglesa, designadamente The Herald,
apenas 57 minutos depois dois Tornado GR4
largaram da sua base de Akrotiri em Chipre e regressaram três horas depois sem
bombas.
Há três dias
também o Parlamento alemão tinha aprovado o envolvimento da Alemanha no
conflito sírio, com a participação de seis
aviões Tornado que estacionarão na
base turca de Incirlik, para além de um aparelho para reabastecimento aéreo,
uma fragata que irá participar na protecção do porta-aviões francês Charles de Gaulle, que já está a actuar
no Mediterrâneo oriental, para além de um total de 1200 efectivos terrestres que
ainda não se sabe o que irão fazer.
Tal como acontece com a coligação liderada pelos Estados Unidos e com os
russos, também a França tem uma assinalável presença aérea na região. Além
disso, há os aviões do regime de Bashar al-Assad, mais os aviões turcos e os
aviões chineses. É muito avião a voar por ali e não estará longe o dia em que
alguns desses aviões se envolvam em tiroteio.
A acção militar implica sempre um correcto planeamento e muita coordenação.
No caso da Síria/Iraque não se sabe quem coordena, nem o que coordena, o que se
traduz por menor eficácia, maior custo e um elevado risco de incidentes do tipo
daquele em que recentemente estiveram envolvidos aviões russos e turcos. É caso
para perguntar se não serão aviões a mais.
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