Os Estados Unidos
estão a enfrentar uma vaga de frio sem precedentes, causada por uma massa de ar polar que, em alguns pontos do país, terão levado as temperaturas até aos 50º negativos,
sobretudo nos estados de Wisconsin, Michigan e Illinois, situados na região
Centro-Oeste do país.
Nesses estados já foi declarado o estado de
emergência e a vaga de frio está a afectar seriamente a vida de dezenas de
milhões de pessoas, porque limita o tráfego rodoviário, encerra escolas,
perturba o trabalho nos hospitais e obriga ao cancelamento de milhares de vôos.
As imagens que nos chegam dos Estados Unidos, mostrando neve e gelo por todo o
lado, são impressionantes.
A cidade de Chicago e a sua área metropolitana são
uma das áreas mais atingidas pela vaga de frio e, segundo foi anunciado, a
cidade amanheceu anteontem completamente congelada e com temperaturas negativas
de 30 ºC. Os meteorologistas previram que a sensação de frio em Chicago iria
ser mais aguda do que no Everest ou na Antártida e, naturalmente, o jornal Chicago
Tribune dedicou a sua primeira página ao assunto mais importante do
dia, tendo ilustrado essa edição com quatro rostos de pessoas comuns a
enfrentar o frio. Esses rostos parecem-se mais com alpinistas a escalar o
Everest ou com aventureiros a atravessar os planaltos gelados da Antártida, do
que com vulgares moradores da área urbana de Chicago, mas o jornal assegura que
são fotografias de gente de Chicago. Porém, o que realmente impressiona é que Chicago e Lisboa estão
aproximadamente na mesma latitude e, portanto, à mesma distância do pólo Norte,
pelo que o frio de Chicago nos vem lembrar como as leis da meteorologia são amigas
dos portugueses, cuja capital não sabe o que são temperaturas negativas.
Frio, frio e mais frio ... esperemos que não chegue cá.
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