A Organização do Tratado do Atlântico Norte
(NATO), por vezes chamada apenas como Aliança Atlântica, é uma aliança militar que foi
assinada no dia 4 de Abril de 1949 por doze países – Estados Unidos, Canadá,
Reino Unido, França, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Dinamarca, Noruega, Itália,
Islândia e Portugal.
Depois, a NATO alargou-se e em 1952 entraram a Grécia e a Turquia, em 1955 a Alemanha, em 1982 a Espanha e, numa incompreensível e precipitada decisão, seguiu-se o ingresso de muitos outros países sem qualquer relação física ou cultural com o Atlântico, mas apenas para os isolar de outras influências ou contágios.
Hoje a NATO já agrega 29 estados-membros, o último dos quais é o Montenegro. Provavelmente, já são países a mais.
Depois, a NATO alargou-se e em 1952 entraram a Grécia e a Turquia, em 1955 a Alemanha, em 1982 a Espanha e, numa incompreensível e precipitada decisão, seguiu-se o ingresso de muitos outros países sem qualquer relação física ou cultural com o Atlântico, mas apenas para os isolar de outras influências ou contágios.
Hoje a NATO já agrega 29 estados-membros, o último dos quais é o Montenegro. Provavelmente, já são países a mais.
A NATO constitui essencialmente
um sistema de defesa colectiva em que os seus estados-membros concordam com a
defesa mútua em resposta a um ataque por qualquer entidade externa. Porém,
quando um estado-membro se envolve em conflitos militares, a organização costuma
consultar-se e tomar posição.
Foi o que agora aconteceu. Com a retirada unilateral
americana do norte da Síria e a ofensiva turca na mesma região, os ministros da
Defesa da NATO reuniram em Bruxelas e foram muito críticos em relação ao que se
passa naquela área, onde os russos estão a reforçar a sua determinante influência junto dos
diversos poderes regionais. Donald Trump e Recep Erdogan foram os alvos das críticas
ministeriais e, enquanto houve 28 estados-membros a instar a Turquia para que
suspendesse as suas operações, também tivemos Erdogan a afirmar que ninguém travará
a ofensiva turca.
O facto é que, com
29 membros cultural e politicamente tão diferentes, como é possível
sustentar uma aliança que depois da guerra fria perdeu todo o sentido, que
actua bem longe do seu quadro atlântico e que insiste em querer manter uma
unidade que na realidade não existe? É hoje evidente, até pelo que se passa com
o Brexit e com grosseiro anti-europeismo de Trump, que a NATO é uma organização sem qualquer lógica ou coesão racionais
e que apenas se mantém porque dá emprego, prestígio e poder a muita gente. Hoje
o diário francês Le Monde retrata a “profunda crise” que atravessa a NATO, a
organização onde têm assento Trump e Erdogan, mas também Boris Johnson,
Matteo Salvini e Viktor Orbán, entre outros figurões.
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