A Catalunha e, em
especial a cidade de Barcelona, viveram os dois dias que se seguiram à leitura
da sentença do Supremo Tribunal de Espanha que condenou nove independentistas
catalães, sob grande tensão e com acções de grande violência atribuídas aos
CDR, os chamados Comités de Defesa da República. Estes grupos surgiram em 2017
para defender a realização do referendo pela independência e evoluíram depois para
um novo objectivo de lutar pela proclamação da Républica Catalana, supostamente
na base de uma estratégia de desobediência civil não violenta. Porém, a prática
destes comités tem sido bem diferente do que anunciavam pois têm-se verificado
numerosos distúrbios e outros episódios de confrontação pouco pacíficos.
O que aconteceu nos últimos dois dias em Barcelona e que pudemos ver pelas televisões, lembrando os motins dos coletes verdes de Paris ou as violentas manifestações de Hong Kong, é um sinal preocupante. A violência chegou a Barcelona onde o protesto contra as condenações mobilizou alguns milhares de manifestantes - cerca de 40.000 segundo as autoridades - que se confrontaram com a policia, que incendiaram contentores e que ensaiaram o levantamento de barricadas. A enorme confusão que se instalou na Catalunha e o caos que tomou conta de muitas ruas de Barcelona parecem ultrapassar aquilo que o próprio presidente da Generalitat Quim Torra, um assumido independentista, eventualmente desejaria e, por isso, é bem possível que o governo de Espanha volte a assumir o controlo daquela região autónoma.
O que aconteceu nos últimos dois dias em Barcelona e que pudemos ver pelas televisões, lembrando os motins dos coletes verdes de Paris ou as violentas manifestações de Hong Kong, é um sinal preocupante. A violência chegou a Barcelona onde o protesto contra as condenações mobilizou alguns milhares de manifestantes - cerca de 40.000 segundo as autoridades - que se confrontaram com a policia, que incendiaram contentores e que ensaiaram o levantamento de barricadas. A enorme confusão que se instalou na Catalunha e o caos que tomou conta de muitas ruas de Barcelona parecem ultrapassar aquilo que o próprio presidente da Generalitat Quim Torra, um assumido independentista, eventualmente desejaria e, por isso, é bem possível que o governo de Espanha volte a assumir o controlo daquela região autónoma.
Só o diálogo e a concertação podem resolver o problema catalão. A violência anárquica e descontrolada, nas suas diferentes formas, nada resolve e só atrapalha a vida quotidiana dos cidadãos. Independentemente
do desenvolvimento que tiver o violento protesto nas ruas de Barcelona e da estratégia
que os CDR adoptarem, as eleições do próximo dia 10 de Novembro vão ser muito importantes
para o futuro da Catalunha.
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