O famoso futebolista
argentino Diego Armando Maradona morreu ontem em Buenos Aires aos 60 anos de
idade, na sequência de uma paragem cardiorrespiratória e quando estava a
recuperar de uma operação a que foi sujeito a um coágulo no cérebro. Hoje, a morte de
Maradona é notícia em toda a imprensa mundial, com a sua fotografia publicada
num incontável número de periódicos mundiais.
A Argentina está de luto nacional
durante três dias pelo futebolista que era considerado um génio ou mesmo um
Deus, enquanto todo o mundo presta homenagem ao talento futebolístico daquele
que, por vezes, tem sido considerado o melhor jogador da história do futebol.
Jogou no Boca Juniors, no Barcelona e no Nápoles, mas o seu momento de maior
glória terá sido no Mundial de 1986 no México, no jogo dos quartos-de-final
contra a Inglaterra, em que marcou dois golos que eliminaram os ingleses e
ficaram famosos. O primeiro foi marcado com a mão, ou “a meias com o divino”,
ou ainda, com “a mão de Deus”, tendo suscitado uma polémica que nunca foi
esquecida; o segundo resultou de uma arrancada fulgurante em que Maradona ultrapassou
vários adversários até ao vitorioso remate final, o qual veio a ser considerado
o “golo do século” numa votação realizada pela FIFA em 2002. Porém, a par do
seu talento futebolístico, Diego Maradona teve também uma vida de excessos, em
que o álcool e a droga estiveram presentes e lhe fragilizaram a saúde.
Numa sua autobiografia intitulada Eu sou El Diego, cuja tradução foi publicada em Lisboa em 2001, ele próprio trata desse assunto:
- A mim, a droga
tornou-me pior jogador, não melhor. Têm noção do jogador que teria sido se não
tivesse seguido os caminhos da droga? Teria sido
durante muitos, muitos anos, aquele que fui no México. Foi o meu momento de
maior felicidade em cima de um relvado”.
Como
antes se referiu, a morte de Maradona é notícia em toda a imprensa mundial
e a sua fotografia aparece num incontável número de periódicos, mas na
ilustração deste texto nós optamos pela capa da revista hondurenha diez que
nos parece uma das mais sugestivas de todas.
R.I.P.
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