Os Jogos
Olímpicos de 2020 ou Jogos da XXXII Olimpíada iniciam-se hoje em Tóquio com um
ano de atraso devido à crise pandémica. Vão decorrer até ao dia 8 de Agosto e
terão a presença de 92 atletas portugueses que irão participar em 17
modalidades - andebol, atletismo, canoagem, ciclismo, ginástica, hipismo, judo,
natação, remo, skateboarding, surf, taekwondo, ténis, ténis de mesa, tiro, triatlo e vela.
Embora o
historial olímpico português não seja relevante e andemos há quase meio século
a celebrar as vitórias de Carlos Lopes e de Rosa Mota, lá estaremos com as
esperanças do costume para obter boas classificações e, se possível, algumas
medalhas. Por todo o mundo, a imprensa destaca nas suas edições de hoje a
inauguração do maior acontecimento desportivo do ano e, por exemplo, na pequena
Islândia que tem apenas 350 mil habitantes, o jornal Morgunbladid que se
publica em Reykjavik, dedica grande parte da sua edição às Olimpíadas. E o que
nos mostra a imprensa portuguesa de hoje? Terá porventura passado mensagens de
incentivo aos nossos atletas e em especial a Jorge Fonseca, Telma Monteiro, Patrícia
Mamona ou Nélson Évora que, aparentemente, são candidatos à conquista de
medalhas olímpicas? Nada disso.
Os jornais generalistas nada ou quase nada
dizem sobre os Jogos Olímpicos e os jornais desportivos fazem manchete com um
futebolista que ontem, imagine-se, meteu o golo com que o Benfica ganhou por
1-0 ao Lille, “com um belo cabeceamento aos 28 minutos”. Os títulos dos jornais
desportivos são: Gonçalo Ramos tem
pólvora (A Bola), Gonçalo Ramos
resolve (Record) e Gonçalo com unhas
e dentes (O Jogo). Que tristeza de imprensa desportiva, que incompetência
de quem faz esses jornais e que se intitula e tem carteira profissional de
jornalista.
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