O Carnaval está à
porta e começa a ser objecto de notícia. Trata-se de um festival típico do
cristianismo ocidental que ocorre 47 dias antes da Páscoa, que é caracterizado por
festas de rua e desfiles populares, em que muitas pessoas usam trajes e máscaras
que, por uns dias, lhes alteram a individualidade e lhes permitem alguns
excessos comportamentais. Nos tempos modernos, em muitas comunidades, o Carnaval também se tornou um espectáculo turístico, tanto pelo entusiasmo e pelo colorido
visual e sonoro da participação popular, como pelas multidões de curiosos que
atrai, havendo muitos a reivindicar que o seu Carnaval é o melhor Carnaval do
mundo, pois cada festividade carnavalesca adquiriu características próprias,
mais ou menos exuberantes. Assim acontece em muitas cidades portuguesas e em
todo o Brasil, mas também em outras regiões do mundo, sobretudo as que foram
aculturadas pela influência ibérica. Do Rio de Janeiro à ilha Terceira, ou de
Goa às ilhas Canárias, o Carnaval é sempre uma grande festa e , em alguns casos, um grande negócio.
Ontem em Santa
Cruz de Tenerife, numa gala a que assistiram 4.700 pessoas e que foi
transmitida em directo pela televisão estatal espanhola, foi eleita a “nueva
Reina del Carnaval y sus cuatro damas de honor”. A escolhida chama-se Adriana
Peña Fumero, representou o Centro Comercial Añaza Carrefour e apresentou-se com
uma fantasia intitulada “Lisboa”. Nas suas edições de hoje, alguns jornais da
ilha de Tenerife, como o Diario de Avisos e outros,
esqueceram quaisquer outros acontecimentos regionais, nacionais ou internacionais
e, nas suas primeiras páginas, destacaram a “nueva Reina del Carnaval 2023 de
Santa Cruz de Tenerife”.
Pois que em
Tenerife, mas também no Rio de Janeiro, em Ovar, Loulé ou Torres Vedras, todos se
divirtam. Eu limito-me a recomendar os
bailinhos da ilha Terceira.
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