Uma onda de calor
tem perturbado meio mundo e, em especial, o sul da Europa, onde têm sido
anunciados recordes históricos de temperatura que afectaram a vida das
populações e obrigaram a medidas de emergência. Nos últimos dias, a Espanha, a
Itália e a Grécia têm estado a suportar temperaturas muito elevadas com máximos
acima dos 40 graus, que já estão a ser consideradas como normais e não como
excepção. Na Espanha, conforme anuncia hoje o jornal Málaga Hoy, o dia de
ontem foi um dia negro em termos de calor com os termómetros a registarem 44,1
graus. Na ilha Sardenha foram atingidos 48 graus e a cidade grega de Atenas
“está cercada” por incêndios, que têm obrigado a evacuações de populações e a
restrições às movimentações turísticas.
Os recordes de
temperatura também foram atingidos nos Estados Unidos, onde no californiano
Vale da Morte, um dos lugares mais quentes do planeta, foram registadas
temperaturas superiores a 52 graus no passado domingo. Da mesma forma, também
na China e no Japão têm sido registadas temperaturas acima dos 40 graus e a
Organização Meteorológica Mundial das Nações Unidas já anunciou que os actuais
fenómenos de calor intenso “vão continuar a intensificar-se e o mundo deve
preparar-se para ondas de calor mais intensas”. Hoje ninguém tem dúvidas de que
o aumento das temperaturas que está a afectar grande parte do planeta é o
resultado directo do aquecimento global e das alterações climáticas, mas os
dirigentes mais poderosos do mundo continuam a parecer indiferentes a este
problema, sobre o qual muito fala António Guterres e poucos mais.
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