Segundo as previsões de Inverno da Comissão Europeia, os países da União Europeia deverão registar em 2013 um crescimento global de apenas 0,1%, enquanto na Zona Euro se verificará uma contracção do produto de 0,3%.
Haverá sete países em recessão em 2013: Grécia (4,4%), Chipre (3,5%), Eslovénia (2,0%), Portugal (1,9%), Espanha (1,4%), Itália (1,0%) e Holanda (0,6%), mas o produto também regredirá na Alemanha e na França, que deverão crescer apenas 0,5% e 0,1%, respectivamente. A Europa está, portanto, a viver uma situação de crise, recessão e desemprego, mas o novo grande problema é a Espanha, cujas previsões são aterradoras: o défice das contas públicas será de 6,7% em 2013 (o objectivo era 4,5%) e em 2014 atingirá 7,2% (o objectivo era 2,8%). Assim, a Comissão Europeia já prevê suavizar “consideravelmente o ritmo dos ajustamentos em Espanha”, face à gravidade da recessão e não descarta alargar até 2016 o prazo para que seja alcançado o objectivo de um défice de 3%. Também no capítulo do desemprego as previsões descrevem um cenário negro para Espanha, com a taxa a atingir os 26,9% em 2013, antes de cair, apenas ligeiramente, para os 26,6% em 2014.
Porém, a Espanha parece reagir e o governo de Mariano Rajoy aprovou 50 medidas para estimular o crescimento e a criação de emprego. Os nossos governantes bem podiam ler a edição de hoje do diário ABC. Está lá tudo. Porém, em vez de tomarem medidas, eles insistem no discurso da austeridade e no ataque aos trabalhadores e aos pensionistas, ao mesmo tempo que andam pelo país em acções de propaganda partidária, navegando contra o vento e, naturalmente, a ouvir o protesto popular. Se querem assim, que se aguentem!
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