A 20ª Copa do
Mundo terminou no domingo e, sem qualquer surpresa, a equipa da Alemanha foi a
vencedora, o que fez lembrar a adivinha
da pescada: qual é a coisa qual é ela, que antes de ser já o era?
A equipa alemã foi a que melhor se prepararou e que melhor se apresentou no Brasil. Os seus jogadores concentraram-se no seu objectivo e não se dispersaram em jogos para angariação de fundos, em cansativas deslocações ou em demoradas sessões publicitárias, tendo parecido adoptar o rigor da tecnologia alemã inspirado na BMW, na Mercedes, na Volkswagen ou na Siemens.
A equipa alemã foi a que melhor se prepararou e que melhor se apresentou no Brasil. Os seus jogadores concentraram-se no seu objectivo e não se dispersaram em jogos para angariação de fundos, em cansativas deslocações ou em demoradas sessões publicitárias, tendo parecido adoptar o rigor da tecnologia alemã inspirado na BMW, na Mercedes, na Volkswagen ou na Siemens.
A Argentina
bateu-se bem, ficou em segundo lugar e, segundo a FIFA, até contou com o melhor
jogador na competição. Assim, se o resultado final lhe foi desfavorável só pode
ter sido porque os companheiros de Messi eram muito maus. Como não é isso que
acontece, temos que a FIFA insiste em ignorar que fora de Barcelona, sem o
apoio de Iniesta e sem a protecção dos árbitros espanhóis, o Messi não é a
mesma coisa.
A Holanda
brilhou, nunca perdeu e, através de Robin van Persie, marcou o mais espectacular
golo de toda a competição, mas a Colômbia também brilhou com os golos de James
Rodriguez, que os portugueses bem conhecem.
O Brasil
do futebol ficou aquém das expectativas no que respeita aos resultados desportivos, mas o Brasil da competência organizativa ganhou... pois teve a capacidade de gerir com muita eficiência uma
organização muito complexa, dando uma excelente imagem para o exterior e
recebendo a aprovação de 83% dos estrangeiros que estiveram no Brasil. Para
aqueles que não acreditavam que os estádios e outras infraestruturas fossem
concluidos a tempo, que temiam que os aeroportos “rebentassem pelas costuras” e
que previam que alguma agitação social viesse perturbar a segurança e o
quotidiano nas cidades brasileiras, o Brasil deu uma grande lição ao mundo e
passou uma imagem de capacidade organizativa, de segurança, de bom acolhimento,
de eficiência nas telecomunicações e de elevado desportivismo. É certo que
continua a contestação daqueles que ao despesismo da Copa, preferiam mais
investimento na educação e na saúde dos brasileiros, mas esse é um problema
interno. Daqui, o que nós vimos foi uma realização excelente de uma nação
afirmativa e vibrante.
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