A brutalidade da
guerra intensifica-se na Faixa de Gaza e algumas imagens que nos chegam através
da televisão e algumas fotografias publicadas pela imprensa, como hoje sucede
com The
Independent, sugerem um nível de violência extremo e desumano.
Muitas organizações internacionais contestam o belicismo intolerável de Israel e, até os Estados Unidos que sempre têm sido os seus mais fiéis aliados, criticam esta acção e viram rejeitada a sua primeira proposta de cessar-fogo apresentada por John Kerry.
Muitas organizações internacionais contestam o belicismo intolerável de Israel e, até os Estados Unidos que sempre têm sido os seus mais fiéis aliados, criticam esta acção e viram rejeitada a sua primeira proposta de cessar-fogo apresentada por John Kerry.
Israel parece
cansado dos ataques dos foguetes lançados pelo Hamas sobre o seu território e
tomou a iniciativa desta desproporcionada operação sobre a Faixa de Gaza que já
matou muitas centenas de palestinianos. Por outro lado o Hamas, que controla
aquela faixa de território, não reconhece Israel e opõe-se à sua existência,
estando a resistir através do seu braço armado militar e político. A guerra
dura há mais de vinte dias e tem-se intensificado.
Além da Faixa de
Gaza, a Autoridade Nacional Palestiniana inclui o território da Cisjordânia que é
controlado pela Fatah de Mahmoud Abbas e que, sendo um movimento muito mais
moderado, aceita uma solução negociada com Israel, o que estimula as
iniciativas bélicas dos israelitas no sentido de quebrar o Hamas que é
classificado por muitos países como uma organização terrorista.
O puzzle da violência está a complicar-se
na Palestina, mas também na Ucrânia e no Iraque, na Síria, na Líbia e, também,
noutros países da orla europeia ou mesmo da Europa. São muito diferentes os problemas que enfrenta
cada um destes países em guerra, mas uma análise atenta parece mostrar que muitos
deles resultam de uma intervenção ocidental directa ou indirecta pouco pensada,
em que a miopia americana e o seguidismo europeu estão presentes como se ainda vivessem
os tempos hegemónicos do século passado.
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