Na sua
edição de hoje o diário ABC destaca a actividade da Marinha da
Espanha e anuncia que há doze navios e cerca de dois mil efectivos a participar
em missões internacionais, em cenários tão diferentes como o mar do Norte, a
Austrália, a Somália e o golfo de Aden, o Mediterrâneo e até a Antártida, isto
é, em cinco continentes. Nunca a Marinha espanhola teve um empenhamento
operacional tão intenso desde que em 1975 a Espanha recuperou a democracia.
A
edição do jornal ABC é ilustrada com uma fotografia do Juan Carlos I, um navio de projecção estratégica ou navio
polivalente do tipo LHD (Landing
Helicopter Dock), que é o maior navio da Marinha espanhola.
As
missões relatadas na reportagem do ABC integram-se no âmbito das
responsalidades espanholas junto da NATO e da EU, mas também têm um carácter
nacional. Assim, são indicadas as missões e os meios envolvidos nas acções de
combate à pirataria nas costas da Somália onde se encontra o LPD (Landing Plataform Dock) Galícia, no golfo da Guiné, nos
exercícios da NATO no mar do Norte e nas costas da Líbia, assim como os exercícios
em curso no mar Negro. É descrita a missão da fragata Cristóbal Colón, o mais moderno navio da Marinha espanhola, que está
em curso nos portos australianos para promoção da construção naval espanhola
que recentemente vendeu dois LHD (o Camberra
e o Adelaide) à Marinha australiana. No
porto de Usuhaia, na Terra do Fogo, encontra-se o navio oceanográfico Hespérides em apoio à base espanhola na
Antártida e às suas campanhas científicas. Finalmente, o navio-escola Juan Sebastián de Elcano navega das Canárias
para San Domingo e Nova Iorque em viagem de instrução de cadetes.
São
doze navios empenhados e cerca de dois mil efectivos envolvidos. A Espanha zela
pelo seu prestígio internacional, porque é disso que se trata, investindo numa
presença naval efectiva. Aqui ao lado, Portugal é realmente demasiado pequeno e
não tem doze navios nem cerca de dois mil militares para fazer como a Espanha,
mas é pena termos tanta gente que ainda quer o país mais pequeno e mais
irrelevante na cena internacional.
Sem comentários:
Enviar um comentário