O ataque dirigido
contra uma refinaria e um campo de petróleo sauditas que aconteceu no passado
sábado, gerou muita instabilidade nos mercados petrolíferos e aumentou a tensão
no golfo Pérsico, sobretudo entre os americanos e os iranianos.
Apesar do ataque
ter sido reivindicado pelos rebeldes iemenitas houthis, o facto é que a região
do Golfo e o Médio Oriente são um complexo puzzle
estratégico em que tudo o que acontece tem a mão, mais ou menos invisível, das
potências mundiais ou regionais interessadas no petróleo daquelas regiões.
Por isso, meio
mundo tratou de responsabilizar o Irão por este sofisticado e cirúrgico ataque
que, naturalmente, foi negado pelas autoridades iranianas, apesar do aiatolá
Ali Khameni ter pessoalmente aprovado esse ataque. Entretanto, pela voz do
secretário de Estado Mike Pompeo, os americanos, responsabilizaram o Irão pelo
ataque e afirmam ter-se tratado de um acto de guerra. Porém, Vladimir Putin apelou à comunidade
internacional para que não retire conclusões precipitadas sobre a origem do
ataque e declarou estar pronto a ajudar a Arábia Saudita, nomeadamente através
do fornecimento de sistemas de mísseis antiaéreos russos para defender o seu
território, tal como fizeram o Irão e a Turquia que adquiriram os sistemas S-300
e S-400, respectivamente.
No meio deste
jogo de acusações e de suspeitas, os sauditas trataram de juntar os destroços de
um drone, de um míssil de cruzeiro e de alguns rockets, tendo o jornal New York Post escolhido o título
“Made in Iran” e ilustrado a sua capa com uma fotografia das armas de ataque reconstruídas
a partir dos destroços e que, segundo o jornal, incrimina os iranianos.
O assunto vai continuar na agenda internacional e não é isento de grandes preocupações.
O assunto vai continuar na agenda internacional e não é isento de grandes preocupações.
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