terça-feira, 5 de maio de 2020

Brasil: o povo nem sempre tem razão

Portugal é um país que tem vários países-irmãos e amigos, mas o seu irmão mais velho chama-se Brasil. Não é preciso invocar o passado histórico nem a língua comum para justificar a relação íntima que existe entre os dois países e, por isso, tudo o que acontece no Brasil interessa aos portugueses, sobretudo nos aspectos culturais, em especial com a música e o futebol, mas também nos aspectos políticos.
Acontece que depois de um conturbado processo político, no dia 28 de Outubro de 2018 os brasileiros elegeram Jair Bolsonaro para presidente da República Federativa do Brasil com 55% dos votos, mas como nos ensina a História, por vezes o povo engana-se nas escolhas que faz. Parece ser esse o caso, pois é lamentável o que se está a passar no Brasil, sobretudo depois de se ter revelado a calamidade que está a ser a pandemia de covid-19. O Jair revela-se uma personalidade menor e as elites culturais e económicas brasileiras devem estar a chorar pelo apoio directo ou indirecto que lhe deram, quando recusaram Fernando Haddad e a gente do  PT.
A pandemia que ele sempre desvalorizou já é uma calamidade nacional com mais de 100.000 infectados e mais de 7.000 mortos mas, apesar dessas trágicas estatísticas, o Jair continua a desrespeitar todas as normas sanitárias e a participar em protestos que apelam à dissolução do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, ao mesmo tempo que sugere, incita ou ameaça com uma intervenção militar. É a escalada da insensataz, escreve hoje o Correio Braziliense. É um impensável nível de irresponsabilidade. Os seus aliados desertam todos os dias, como aconteceu com Sérgio Moro, um seu fiel seguidor que vai fazendo os seus trabalhinhos mais ou menos sujos para subir na política brasileira. O Jair já não tem futuro. O povo enganou-se.

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