Portugal é um
país que tem vários países-irmãos e amigos, mas o seu irmão mais velho chama-se
Brasil. Não é preciso invocar o passado histórico nem a língua comum para
justificar a relação íntima que existe entre os dois países e, por isso, tudo o
que acontece no Brasil interessa aos portugueses, sobretudo nos aspectos
culturais, em especial com a música e o futebol, mas também nos aspectos
políticos.
Acontece que depois
de um conturbado processo político, no dia 28 de Outubro de 2018 os brasileiros
elegeram Jair Bolsonaro para presidente da República Federativa do Brasil com
55% dos votos, mas como nos ensina a História, por vezes o povo engana-se nas
escolhas que faz. Parece ser esse o caso, pois é lamentável o que se está a
passar no Brasil, sobretudo depois de se ter revelado a calamidade que está a
ser a pandemia de covid-19. O Jair
revela-se uma personalidade menor e as elites culturais e económicas brasileiras
devem estar a chorar pelo apoio directo ou indirecto que lhe deram, quando recusaram Fernando Haddad e a gente do PT.
A pandemia que
ele sempre desvalorizou já é uma calamidade nacional com mais de 100.000
infectados e mais de 7.000 mortos mas, apesar dessas trágicas estatísticas, o
Jair continua a desrespeitar todas as normas sanitárias e a participar em
protestos que apelam à dissolução do Congresso e do Supremo Tribunal Federal,
ao mesmo tempo que sugere, incita ou ameaça com uma intervenção militar. É a
escalada da insensataz, escreve hoje o Correio Braziliense. É um impensável
nível de irresponsabilidade. Os seus aliados desertam todos os dias, como
aconteceu com Sérgio Moro, um seu fiel seguidor que vai fazendo os seus trabalhinhos
mais ou menos sujos para subir na política brasileira. O Jair já não tem
futuro. O povo enganou-se.
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