Começaram a
chegar a Les Sables-d’Olonne, na costa atlântica
francesa, os participantes na 9ª Vendée Globe,
a famosa regata em que os participantes fazem a circum-navegação do planeta em
monocascos e em solitário, sem escala e sem assistência, passando
obrigatoriamente pelos três cabos de referência do hemisfério sul – cabo da Boa
Esperança, cabo Leeuwin e cabo Horn.
As imagens transmitidas pelas
televisões mostraram as dificuldades de uma prova desta natureza, longa,
solitária e sem assistência, em que os participantes enfrentam todas as meteorologias,
incluindo tempestades e calmarias, mares agitados e ausências de visibilidade. Terminar
uma prova destas é um feito náutico e desportivo notável.
Nesta edição,
houve 33 velejadores que partiram no dia 8 de Novembro de Les Sables-d’Olonne. Ontem ainda estavam em prova
25 concorrentes e oito deles cortaram a linha de chegada em menos de 24 horas, o que
mostra como a prova foi competitiva. Yannick Bestaven,
um velejador francês de Saint-Nazaire de 48 anos de idade, foi o vencedor com o
veleiro Maître Coq IV e concluiu a
prova em 80 dias, 3 horas, 44 minutos e 46 segundos, o que significa que não
foi batido o record de 74 dias, 3 horas, 35 minutos e
46 segundos conseguido em 2017.
Apesar
da melhoria tecnológica das embarcações, o factor determinante nesta prova é o
vento, pois determina as velocidades dos veleiros e condiciona as rotas,
tornando-as mais ou menos longas. Assim, enquanto em 2017 o navegador francês Armel Le Cléac’h percorrera 21.638 milhas, neste
ano de 2021 o velejador Yannick Bestaven percorreu cerca de 28.584 milhas, isto
é, mais alguns milhares de milhas, pelo que gastou mais seis dias na prova.
Hoje o jornal L’Équipe
presta-lhe uma justa homenagem.
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