O conflito entre
Israel e a Palestina é muito antigo e, de vez em quando, agudiza-se.
Na
sequência de mútuas provocações, assim está a acontecer mais uma vez, agora com
um impressionante nível de brutalidade e de destruição, que nos é mostrado nas
imagens exibidas diariamente pelas cadeias de televisão de todo o mundo. Da
mesma forma, também a imprensa internacional dá notícia da gravidade dos
acontecimentos que estão a passar-se naquela região, sendo o jornal Libération
um dos que lhe dedicou mais atenção.
As duas partes têm anunciado a sua
irredutibilidade para cessar as suas agressões, procurando assegurar o apoio
das suas populações, mas não têm evitado condenáveis excessos. Porém, no caso das forças israelitas não se trata apenas
de atacar alvos de interesse militar, mas de provocar destruições em larga
escala como acontece com torres habitacionais que são arrasadas, sem outro
objectivo que não seja a desmoralização palestiniana e a sua humilhação.
É
enorme a desproporção das forças em presença e o
primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu tem afirmado que continuará a
ordenar ataques contra as milícias palestinianas em Gaza, bem como a eliminação
selectiva da liderança militar do Hamas, além de admitir que vai invadir os
territórios controlados pela Autoridade Nacional Palestiniana. É a guerra total.
É preciso travá-la de imediato. Exige-se um esforço diplomático para travar
esta escalada antes que outras forças se solidarizem com as partes em guerra e
que este conflito alastre a todo martirizado Médio Oriente.
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