quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Jair Bolsonaro indiciado por nove crimes

Recentemente, numa reportagem da revista brasileira IstoÉfoi feita a denúncia da gestão do presidente Jair Bolsonaro a quem chamou "mercador da morte", porque durante a pandemia do covid-19 patrocinou experiências desumanas inspiradas no horror nazi. Essa reportagem baseou-se nos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado (CPI) à covid-19, que foi constituída por senadores que trabalharam durante cerca de seis meses e que ontem aprovaram o respectivo relatório final por sete votos contra quatro. A última versão do documento tem 1.289 páginas e indicia 78 pessoas, entre as quais o próprio presidente Bolsonaro, os seus três filhos, vários ministros e ex-ministros e alguns empresários.
Na versão final do relatório da CPI foram atribuídos nove crimes ao presidente, entre os quais os de prevaricação, charlatanismo, epidemia com resultado morte, incitação ao crime, emprego irregular de verba pública, falsificação de documentos particulares e crimes contra a humanidade. De acordo com o relatório final, Bolsonaro “incentivou de forma reiterada a população a violar o distanciamento social, opôs-se ao uso de máscaras, promoveu aglomerações e procurou desqualificar as vacinas”. Naturalmente, toda a oposição já pediu “impeachment e cadeia para Bolsonaro”.
Com mais de 606 246 mortes e 21,7 milhões de infectados pelo covid-19, o Brasil é um dos países mais afectados pela pandemia no mundo, juntamente com os Estados Unidos e a Índia e, segundo um senador, “não foi a omissão que nos levou a 605 884 mortos. Foi a acção dolosa de quem dirigia o Brasil nesse período que levou a essa marca terrível, que fica registada na história como um dos momentos mais macabros da vida deste jovem país chamado Brasil”.
Na sua edição de hoje o jornal Estado de Minas de Belo Horizonte enuncia as acusações contra Bolsonaro na sua primeira página de forma muito criativa. Agora é esperar para ver o que aí vem.

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