Quase em
simultâneo com o anúncio da assinatura do contrato para o fornecimento de
oitenta aviões Rafale à Arábia Saudita, a empresa espanhola Navantia lançou à
água a quinta e última das corvetas que está a construir para a Marinha Real da
Arábia Saudita nos seus estaleiros da baía de Cádis. É a construção 550 dos
estaleiros de San Fernando, chama-se Unayzah,
tem 104,20 metros de comprimento e 14,40 metros de boca.
Segundo anuncia
hoje o jornal La Voz de Cádiz, a cerimónia foi um motivo de orgulho para o
governo de Espanha e reflecte as capacidades tecnológicas do país, mas também
mostra como foi possível superar diversas contrariedades devidas à crise pandémica,
pois muitos trabalharam “contra ventos e marés” para que os prazos fossem
cumpridos.
A notícia
salienta que alguns dos principais sistemas de navegação e de combate do navio, bem como
de gestão de helicópteros utilizam tecnologia espanhola.
A construção da primeira
unidade arrancou oficialmente no dia 15 de Janeiro de 2019 e o contrato tem o
valor de 1.813 milhões de euros, ou seja, é nove vezes menor do que aquele que foi assinado com
a Dassault Aviation para o fornecimento de 80 aviões Rafale, o que significa que, segundo as minhas contas, "cada corveta vale cerca de dois Rafale".
As cinco unidades
navais serão entregues escalonadamente entre Janeiro de 2022 e Junho de 2023. Com tantas
corvetas e tantos aviões é caso para perguntar à Arábia Saudita por quem se
sente ameaçada ou, se pelo contrário, quem será que essa monarquia absoluta árabe está a ameaçar.
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