A Europa está a
atravessar um período de seca severa, devido à conjugação das altas
temperaturas que fazem evaporar a humidade dos solos e à falta de precipitação.
Os efeitos destas circunstâncias estão a ser muito preocupantes, não apenas na
península Ibérica onde já eram habituais em algumas zonas, mas em vários países
do centro da Europa.
Na sua edição de
hoje o jornal holandês nrc apresenta um estudo sobre a
situação e, para ilustrar a sua primeira página, escolheu uma série de imagens
que mostram a evolução da seca na Europa nos últimos meses. Depois, o texto do
estudo é acompanhado por elucidativos gráficos, para cuja interpretação não é
preciso saber holandês. O estudo mostra que o solo de quase toda a Europa
perdeu humidade e secou, mas também mostra que a falta de chuvas tem sido
anormalmente alta. Nos Países Baixos já está declarada oficialmente uma
escassez de água, ao mesmo tempo que as capturas de água no rio Reno estão
afectadas pela redução do seu caudal e pelo aumento da sua salinidade, enquanto
a navegação naquele rio começa a ser limitada e a perturbar o transporte de
carvão destinado à produção de energia. A produção de electricidade também está
seriamente afectada, não só nas barragens hidro-eléctricas, mas também nas
instalações nucleares devido à falta de água de resfriamento. A procura de água
excede a oferta e, consequentemente, o preço aumenta, arrastando consigo uma
onda inflacionária por toda a Europa.
Estas são as
notícias de hoje do nrc de Amesterdão, mas as consequências do calor e da seca, os
incêndios florestais e a crise energética, estão hoje nas primeiras páginas de
muitos jornais europeus, desde o Reino Unido à Polónia e à Roménia.
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