O diário La
Dépêche du Midi que se publica em Toulouse, a capital da região
administrativa da Occitânia que se situa no sueste da França, noticiou ontem com
grande destaque que “a aeronáutica volta a descolar na Occitânia”. De facto, a actividade
do gigante aeronáutico Airbus acelerou nos últimos meses e, depois da crise
sanitária de 2019-2021, já passou de uma produção mensal de quarenta para
sessenta unidades do seu modelo A320. O sector emprega 80.000 trabalhadores,
incluindo a área aeroespacial, mas há uma enorme quantidade de fornecedores e
de subcontratações da Airbus que animam a economia da região. Para a criação
deste ambiente de euforia que está a envolver a Occitânia e o grupo Airbus,
está a provável encomenda de 500 aeronaves pela Air India, que está em vias de
se concretizar e que será a maior encomenda alguma vez feita por uma só
companhia.
A Air India foi
privatizada no início do ano de 2022 e foi adquirida pelo grupo Tata que prometeu
torná-la numa empresa de classe mundial, pelo que está em vias de concretizar
uma das maiores encomendas da história da aviação que, a preços de catálogo,
custará cerca de 100 mil milhões de euros, um valor que é aproximadamente
equivalente ao orçamento do Estado Português. Segundo revela o jornal, a
encomenda consta de 400 aviões de médio curso e 100 aeronaves de longo curso,
mas o grupo Tata ainda está a ponderar a divisão da sua encomenda entre a Airbus e
a Boeing.
Certamente que os aspectos políticos e as contrapartidas a oferecer
por cada um dos construtores estão a ser ponderadas, bem como os custos
subterrâneos que estas operações sempre envolvem. Porém, o que não há dúvidas é
que a Air India se vai posicionar em breve no topo mundial da aviação
comercial.
Sem comentários:
Enviar um comentário