O mundo anda
muito agitado devido às lutas pelo poder mundial e às consequentes guerras
ditas de “estratégia indirecta”, a que se juntam as alterações climáticas, as
catástrofes naturais, os desequilíbrios regionais, as crises económicas e
sanitárias, a pobreza, a fome e o subdesenvolvimento. A harmonia e a cooperação
internacionais são ameaçadas demasiadas vezes e, utilizando a linguagem
matemática, podemos afirmar que a paz não é um parâmetro, mas é cada vez mais
uma variável.
Provavelmente,
uma das causas de toda a agitação mundial que nos ameaça, é a falta de estatura
moral de muitos líderes que, embora escolhidos democraticamente, resultam
muitas vezes de criações mediáticas inspiradas em processos de propaganda, de marketing e de publicidade que, como
todos sabemos, têm muito sensacionalismo e muita inverdade. Porém, acontece que
os políticos “criados” pela comunicação social, também são “difamados” e
“acusados” pela mesma comunicação social. São líderes de pés de berro. A
fórmula mais eficaz para os abater é a acusação de corrupção, falsa ou
verdadeira. São conhecidos os problemas por que passaram, justa ou
injustamente, Silvio Berlusconi, Nicolas Sarkozy, Mariano Rajoy, Vladimir
Putin, Lula da Silva, Dilma Rousseff ou Jair Bolsonaro, entre muitos outros
líderes políticos, muitas vezes acusados de práticas corruptas e quase sempre
vítimas das conjuras dos seus adversários políticos.
A luta pelo poder
nos regimes democráticos incorporou nos últimos anos a difamação e a acusação
de adversários políticos.
O caso mais recente acontece com o presidente Joe
Biden, como hoje destaca o New York Post e outros jornais
americanos: Kevin McCarthy, o presidente da Câmara dos Representantes que é
dominada pelo Partido Republicano, ordenou ontem um inquérito de impeachment visando a destituição do
presidente dos Estados Unidos, por eventual envolvimento nos negócios do seu
filho Hunter Biden, na Ucrânia e em outros países.
A luta política tem cada vez
menos regras e joga no “vale tudo”, mas acentua-se quando a estatura moral dos
líderes está comprometida com outros interesses que não sejam os dos povos por
que deviam zelar.
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