Todos conhecemos
os benefícios que as comunicações móveis trouxeram ao mundo, mas tem havido uma
excessiva dependência, ou uma quase escravatura das pessoas em relação ao
telemóvel, como facilmente se verifica na vida quotidiana. Essa dependência tem
sido estudada, sobretudo no que respeita à sua utilização nas escolas, tendo-se
tornado um tema muito polémico.
Há quem defenda que os telemóveis são úteis
para a segurança dos alunos por permitirem que eles comuniquem com os pais, com
a escola ou com as autoridades, mas também há quem afirme que os telemóveis
afectam a saúde mental dos alunos, que dificultam a socialização juvenil e que constituem uma perturbação constante nas salas de aula. O uso excessivo ou inadequado
do telemóvel pelos alunos, nas salas de aula ou em casa, através de smartphones, tablets ou laptops, afecta o desempenho dos estudantes porque distrai e perturba negativamente a aprendizagem. Vários países já decidiram
proibir o uso de telemóveis nas escolas e, segundo hoje anuncia o Daily
Mail, a Inglaterra vai proibir o seu uso nas escolas públicas,
tanto nas aulas como nos intervalos e, segundo o referido jornal, “será um
alívio para milhões de pais e professores”.
Um relatório da Unesco, a agência das
Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, publicado no início do
corrente ano, concluía que o uso de telefones nas salas de aula era um factor
de perturbação, de limitação da aprendizagem e de menor rendimento escolar.
O anúncio hoje
divulgado pelo governo inglês representa uma decisão corajosa e acontece depois
de muitos anos de debate, embora haja escolas que já proíbem a utilização de
telemóveis pelos alunos, que são obrigados a entregá-los todas as manhãs.
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