Depois da Rússia
e da Ucrânia, a França é o maior país da Europa, estando dividida em 18
regiões, das quais 13 pertencem à França Metropolitana e cinco à França
Ultramarina. Entre as regiões metropolitanas encontram-se a Córsega e a
Bretanha, ambas com identidades culturais específicas, línguas próprias e aspirações
autonomistas.
A Córsega tem a
sua capital em Ajaccio e é uma ilha mediterrânica onde existem movimentos
independentistas com fortes raízes históricas, que por vezes se têm manifestado
por via violenta. Recentemente, o presidente Emmanuel Macron, em visita à ilha, propôs um prazo de
seis meses para que o governo corso e os partidos locais encontrem uma forma de
autonomia política limitada, mas que assegure que a ilha se mantenha no seio da
República Francesa, eventualmente com um estatuto semelhante ao das comunidades
autónomas espanholas ou das duas regiões autónomas portuguesas.
A Bretanha tem
capital em Rennes e é uma península do noroeste da França, onde também existe
uma distinta identidade cultural e fortes aspirações autonomistas, incrementadas
sobretudo pela imposição da língua francesa contra a vontade local de preservar
as línguas e dialectos locais, como o bretão e o galo.
O problema corso
e o problema bretão não têm as mesmas características em relação ao centralismo
de Paris, mas a edição de hoje do jornal Le Télégramme mostra que a
“abertura” de Emmanuel Macron relativamente à Córsega, deixou os bretões com
vontade de seguir o exemplo corso.
Por cá, como bom algarvio e perante este panorama, estou a pensas em desenterrar o MIJA!
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