Começa hoje na
Alemanha a 17ª edição do Campeonato Europeu de Futebol, organizado pela União
das Associações Europeias de Futebol (UEFA), que é habitualmente conhecido como
o UEFA Euro 2024 ou, apenas, como o Euro 2024. O famoso jornal L’Équipe,
que se publica em Paris, dedica toda a sua edição de hoje a esta festa do
futebol.
Serão 24 equipas
nacionais a competir para chegarem até ao dia 14 de julho, quando se disputará
a final em Berlim. Milhões de europeus – e eu sou um deles – estarão em frente
dos televisores a ver os “artistas da bola” e a apoiar as suas selecções, mas a
mostrar, também, que o ambicioso projecto europeu que vem sendo construído
desde o Tratado de Roma de 1957, ainda não ultrapassou os condicionalismos
históricos que caracterizam a Europa das Nações, nem os seus nacionalismos, nem
os seus egoismos.
Dentro do campo todos
vão procurar esmagar o adversário e ganhar, mesmo que tenham que enganar os
árbitros, ou simular penaltis, ou inventar agressões, porque o povo exige-lhes
que marquem golos e ganhem, enquanto os governantes carecem de vitórias que
lhes sirvam para instrumentalizar as populações.
Nas 16 anteriores
edições os vencedores foram a Alemanha e a Espanha (3 vezes cada), a Itália e a
França (2 vezes cada) e a Rússia, a Holanda, a Dinamarca, a República Checa, a
Grécia e Portugal (uma vez cada).
As equipas estão
distribuídas por seis grupos e a equipa portuguesa integra o Grupo F, com as
selecções da República Checa, da Turquia e da Geórgia. Os nossos jogadores são
talentosos e experientes e os nossos governantes já anunciaram que irão
assistir aos jogos. Bem ao seu estilo, o Presidente da República até pediu aos
jogadores para só regressarem a Portugal no dia 15 de julho, isto é, como
campeões europeus de futebol.
Provavelmente é
pedir muito…
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