segunda-feira, 22 de julho de 2024

As eleições nos EUA e a renúncia de Biden

Depois das evidências que a televisão mostrou a respeito das debilidades físicas e cognitivas de Joe Biden e das pressões que sobre ele foram feitas para desistir da corrida à Casa Branca, este candidato presidencial dos democratas americanos tomou ontem a decisão que muitos esperavam. Invocando o bem do seu partido e do seu país, Joe Biden anunciou a desistência da sua candidatura e o apoio à sua vice-presidente Kamala Harris, que já aceitou o desafio de se candidatar mas que, naturalmente, ainda terá que aguardar a ratificação da sua candidatura pela convenção democrata que se realiza em agosto.
O caso é muito importante porque Joe Biden é o presidente em exercício e se aproxima a data das eleições. Por isso, logo que foi anunciada a sua decisão, as televisões portuguesas encheram-se de comentadores, de muitos comentadores, que trataram de especular sobre o futuro da corrida eleitoral, sobre o futuro da América e sobre o futuro do mundo. Numa altura em que os americanos e, sobretudo, as hostes democratas, ainda não sabem como “descalçar esta bota” surgida a menos de um mês da convenção democrata, neste canto ocidental da Europa vimos os nossos iluminados comentadores a mostrar aos americanos os caminhos que devem seguir.
O facto é que neste contexto de maior incerteza, parece que Donald Trump ganha alguma vantagem, mas também há quem defenda que a saída de Joe Biden vai levar o eleitorado a optar pela continuidade. É tudo muito imprevisível e serão os cidadãos americanos a fazer a escolha presidencial que vai determinar a evolução do mundo nos próximos quatro anos.

1 comentário:

  1. A clarividência dos nossos comentadores é de facto excepcional ... conhecem a política americana bem melhor do que os próprios americanos. É claro que Trump, Obama, Clinton e Kamala estão atentos às TVs nacionais!!!

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