Disputou-se ontem
em Paris a prova do triatlo masculino dos Jogos Olímpicos. Trata-se de uma
prova que foi incluida pela primeira vez no programa dos Jogos Olímpicos de
Sydney no ano de 2000, cujo formato consiste em três módulos ultrapassados de
uma forma única e sem interrupção, respectivamente 1.500 metros de natação em
águas abertas, seguidos de 40 km de ciclismo e de uma corrida em estrada de 10
km.
Com base nas performances reconhecidas oficialmente,
a organização aceitou apenas 55 concorrentes oriundos de 41 países, neles se
incluindo os triatletas portugueses Vasco Vilaça e Ricardo Baptista.
Ao contrário do
que se passou com outros atletas e ex-atletas olímpicos que foram muito
promovidos nos jornais e na imprensa portuguesa, ninguém conhecia Vasco Vilaça
nem Ricardo Baptista, que foram praticamente ignorados pela comunicaçáo social.
Porém, ontem, em directo pela televisão, pudemos ver a excelência da
participação destes dois jovens que concluiram nas ruas de Paris e sob o
incentivo de muitos portugueses, a sua extraordinária prova em quinto e sexto
lugares, o que representa o melhor resultado até agora conseguido pelos
olímpicos portugueses.
O triatlo é uma
prova duríssima e muito exigente, pelo que os seus praticantes merecem o nosso
aplauso, sobretudo quando conseguem tão bons tresultados como aconteceu com Vasco
Vilaça e com Ricardo Baptista. Porém, a imprensa portuguesa, tanto de informação
geral como desportiva, voltou a ignorar esta façanha do desporto português, preferindo
enfatizar a figura do futebolista João Neves que foi vendido a um clube de
Paris, que é propriedade de um árabe.
Neste espaço
deixamos o nosso aplauso ao comportamento dos nossos triatletas e, como se
trata de um caso desportivo, deixamos um cartão
amarelo aos homens que fazem os jornais e aos seus gatekeepers, pela sua falta de sensibilidade noticiosa.
Não poderia estar mais de acordo. é o vil metal, meu amigo, a comandar o desporto. As minhas felicitações também para a Ana Cabecinha, cuja vitória consistiu em cortar a meta, não importando o lugar em que chegasse, e que foi o último, 3 meses após de ter sido mãe.
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