quinta-feira, 18 de abril de 2013

Made-in-the-USA: a reindustrialização



A revista Time dedica a sua última edição a um tema de grande interesse – a reindustrialização da América.
Nos últimos vinte anos a China tornou-se a “fábrica do mundo” e os países ocidentais começaram por valorizar essa situação por razões ambientalistas e de mercado, mas agora começaram a ver a outra face da moeda e a sentir os maus resultados desse modelo de desenvolvimento, que lhes acentua debilidades e dependências. Depois de décadas seguidas em que a América e os países mais desenvolvidos da Europa, se deslumbraram com a terciarização e procederam a uma enorme desindustrialização das suas economias, criando pobreza e desemprego crónicos onde antes havia prosperidade e desenvolvimento, começam a surgir sinais que apontam para a alteração deste quadro.
Nos Estados Unidos, segundo revela esta semana a revista Time, a produção industrial está a crescer a bom ritmo e, nos últimos três anos, foram criados 500 mil postos de trabalho, sendo a primeira vez que, em mais de uma década, aumentou o emprego industrial.
Porém, a nova indústria e as fábricas da actualidade já não têm as características do passado recente e a nova produção industrial made-in-America é agora baseada em tecnologias de ponta, com mais máquinas e com menos trabalhadores do que antes. As novas indústrias e os novos empregos estão a exigir novos conhecimentos, pelo que é indispensável a adaptação dos modelos educativos aos novos tempos. O exemplo dos Estados Unidos mostra que estamos no início de uma reconfiguração da economia global e que em Portugal há muito a fazer nestes domínios.


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