quarta-feira, 22 de maio de 2013

Gaspar é um servil discípulo de Schäuble



Na sua primeira página, a edição de hoje do Jornal de Negócios destaca a fotografia de Wolfgang Schäuble e Vítor Gaspar e acrescenta: “unidos em Berlim para debater Portugal”. Podia ser um encontro normal, como acontece tantas vezes nos encontros políticos bilaterais, mas de facto não será. Schäuble é o poderoso ministro da potência dominante da Europa, enquanto Gaspar é um periférico que não tem a dimensão cultural exigível a um ministro de um país com nove séculos de história. Gaspar já tirou a máscara algumas vezes, numa atitude de grande servilismo. Vimos isso em directo pela televisão e, naturalmente, ficamos espantados. 
Segundo informam os jornais, o ministro Gaspar foi a Berlim discutir com o poderoso ministro alemão “a aplicação do programa de ajustamento português”, o que significa que as políticas de austeridade são orientadas a partir de Berlim e que aqui ninguém se atreve a levantar a voz. Gaspar amocha. Gaspar treme. Gaspar revela um grau de subserviência chocante. Gaspar humilha-se mas, mais grave, humilha o povo português e confirma que já somos um protectorado alemão. Gaspar não foi eleito, nem foi escolhido pelo voto e, por exemplo, não podia ser ministro nos países anglo-saxónicos. Gaspar é um funcionário mais ligado à troika do que aos interesses nacionais. Gaspar tem uma arrogância intelectual insuportável. Gaspar não acerta. Gaspar falha.  Gaspar tem poder a mais e é, sem dúvida, o principal responsável pela nossa catástrofe económica com o seu experimentalismo. Gaspar cansa com os seus discursos monocórdicos. Que pena não termos entre nós o grande Almada Negreiros para nos oferecer um qualquer manifesto anti-gaspar.

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