Se é verdade que,
ao longo de mais de quatro séculos, a língua portuguesa nunca se impôs em
Macau, também é verdade que há muita gente, mesmo depois da transferência da
soberania para a República Popular da China, que insiste na defesa do
português e não se cansa de ter iniciativas para a sua promoção. É muito louvável. Assim, por
iniciativa do Instituto Politécnico de Macau, realizou-se ontem a 11ª edição do
Concurso de Declamação de Poesia em português, uma oportunidade para que a
comunidade estudantil chinesa celebre e preste homenagem à língua portuguesa.
De acordo com a
organização, o evento visa, sobretudo,
“estimular o gosto pela língua portuguesa, pelas culturas e literaturas” e
promover o intercâmbio e o diálogo entre as instituições de ensino superior da República Popular da China, onde o português é leccionado.
O acontecimento
contou com a presença de doze instituições de ensino superior, mais cinco do
que era habitual, incluindo oito do interior da República Popular da China,
tendo o número de alunos em competição atingido as 32 participações.
O Jornal Tribuna de Macau destacou a
realização deste Concurso com uma fotografia na sua primeira página, mas refere
apenas os desempenhos de duas participantes: Li Ruiping que disse o “Poema do
Silêncio” de José Régio e Chan Kit Ieng, que concorreu com “A Flor e a Náusea”
de Carlos Drummond de Andrade. É pena
que o jornal não nos tenha dado mais informação sobre esta tão interessante iniciativa.
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