A edição
sevilhana do diário ABC relata hoje
com grande destaque a 13ª corrida de toiros da Feria de
Sevilla que se realizou ontem na Real
Maestranza de Sevilla, com a praça cheia para assistir à actuação dos diestros Morante de la Puebla, El Juli e
Andrés Roca Rey.
Segundo informa o
jornal, enquanto El Juli sofreu uma cornada de 15 centímetros que o mandou para o hospital , o
matador Morante de la Puebla teve uma faena
de ensueño. O jornal não se poupa em elogios e, na sua primeira página,
titula que Sevilla enlouquece con Morante
e, mais adiante, num pormenorizado relato da corrida, diz que Morante de la Puebla, por fin, toca el cielo. Não admira, pois Morante é filho da terra.
Morante de la
Puebla é o nome artístico de José António Morante Camacho, um toureiro espanhol
de 36 anos de idade que nasceu em La Puebla del Rio, nos arredores de Sevilha.
A fazer fé no que diz o jornal, a feliz actuação de Morante de la Puebla
entusiasmou as 12.700 pessoas que encheram a praça mais famosa e com mais
tradição taurina de Espanha e que é classificada como BIC, isto é, “bem de
interesse cultural”.
Embora eu não
seja aficionado e só consiga ver corridas de toiros à portuguesa, reconheço que
a festa brava é um acontecimento cultural muito apreciado e com grande tradição em algumas regiões
portuguesas e em muitas regiões espanholas. Na Andaluzia parece mesmo superar o
entusiasmo pelo futebol, como atesta a fotografia de primeira página e a
desenvolvida reportagem publicada na edição de hoje do diário ABC, num tempo em que parecia que o futebol e a política estariam a concentrar as atenções da cidade.
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