A selecção
portuguesa de futebol venceu ontem a primeira
edição da Liga das Nações, ao bater a equipa da Holanda por 1-0 na final
realizada na cidade do Porto. Num jogo emocionante e muito equilibrado, a vitória resultou de
uma superior exibição dos jogadores portugueses, que jogaram bem e dominaram o
seu adversário. Depois de ter vencido o Euro 2016, o triunfo na Liga das Nações
2019 inscreve a selecção portuguesa na galeria das melhores selecções mundiais
de futebol e, neste tempo em que o futebol parece tudo dominar desde a política
à economia, o acontecimento torna-se relevante, tanto interna, como internacionalmente.
Sem dúvida que,
por circunstâncias diversas, Portugal atravessa um período de grande entusiasmo
em que a auto-estima dos portugueses é muito alta, pelo que esta vitória foi
mais um contributo para a euforia nacional e deu origem a grandes manifestações populares de alegria. Naturalmente, a fotografia dos vencedores da Liga das Nações ilustrou a capa de toda a imprensa portuguesa.
O povo que trabalha, que paga impostos e que, impotente, assiste aos
desmandos do novo-riquismo e da trafulhice bancária que por aí se passeia, bem
mereceu mais esta alegria resultante dos pontapés do Ronaldo e do Guedes, mas
também das defesas do Patrício. A alegria do povo está mesmo no futebol e hoje,
que é o Dia
de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, a vitória no futebol até
parece ter sido encomendada e vai certamente estar presente, pelo menos no
subconsciente nacional, nas cerimónias
que se realizarão em Portalegre e em Cabo Verde.
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