Começou ontem oficialmente
a campanha eleitoral para as eleições presidenciais brasileiras que serão realizadas
no dia 2 de Outubro, nas quais cerca de 156 milhões de cidadãos brasileiros
irão às urnas. Porém, muito antes do início oficial da campanha já se
acumulavam demasiadas polémicas, com as declarações dos dois principais
candidatos a aproximarem-se do insulto. Jair Bolsonaro e Lula da Silva, o
actual e o ex-presidente que o desafia, representam dois projectos políticos e
dois estilos bem diferentes, como é bem diferente o prestígio internacional de
cada um deles.
As sondagens vão
aparecendo, muitas das quais com pouca seriedade e grandes margens de erro, mas
é a única forma que temos de acompanhar a campanha. Há cerca de duas semanas
referimos aqui a sondagem da Datafolha de
S. Paulo, em que Lula recolhia 47% e Bolsonaro 29% das intenções de voto. Hoje
o jornal O Globo publica a sondagem do Ipec do Rio de Janeiro, em que Lula recolhe 44% e Bolsonaro 32% das
intenções de voto. Cada sondagem utiliza amostras e métodos de recolha de
informação diferentes, pelo que os resultados não são comparáveis, embora possamos
verificar que Lula continua na frente, mas que reduziu o seu avanço sobre
Bolsonaro de 18 para 12 pontos percentuais, o que é muito significativo.
Nas intenções de
voto relativas a uma eventual 2ª volta que seria disputada no dia 30 de
Outubro, o ex-presidente Lula da Silva lidera a disputa com 51%, enquanto
Bolsonaro tem 35%.
Estes resultados
têm sido muito contestados e os apoiantes das duas principais candidaturas
acusam as empresas de sondagens de manipular os resultados consoante estão ou
não alinhados com os seus objectivos, especialmente os bolsonaristas que, assustados pela alta probabilidade de serem derrotados, acusam
a Datafolha de fabricar fake news,
chamando-lhe Datalula.
A campanha eleitoral é bem longa e os brasileiros desejarão que corra com serenidade e com esperança em dias melhores para o país.
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