A imprensa
portuguesa divulgou hoje que, segundo os dados do INE, ”um quinto dos
portugueses acima dos 65 anos é pobre”.
Numa época de
prosperidade como aquela em que vivemos, em que as pessoas viajam e compram
automóveis, a existência de tantos pobres na nossa sociedade tem que ser
interpretada como uma aberração e uma violação dos direitos humanos.
A definição de
pobreza e de pobre envolve, sobretudo, a falta de recursos e de rendimentos que
assegurem a subsistência, mas também se manifestam através da fome, do limitado
acesso à educação e da exclusão social, mas o conceito não é consensual. O INE
afirma que em 2023, cerca de um milhão e 760 mil portugueses viviam com menos
de 632 euros por mês, embora realçando que a taxa de pobreza em Portugal tivera
uma ligeira diminuição em 2023.
No conjunto da
União Europeia e de acordo com o Eurostat, em 2023 o risco de pobreza ou
exclusão social era de 21,4%, correspondente a 94,6 milhões de europeus, sendo
mais grave nos territórios ultramarinos franceses, no sul da Itália e nas
regiões rurais da Roménia, parecendo que o problema em Portugal terá menos
gravidade.
A edição de hoje
do jornal La Provence que se publica em Marselha, destaca em manchete que
17.4% da população da Provença – uma região do sueste da França na orla do
Mediterrâneo, onde se localiza a famosa Côte d’Azur – é pobre. Com tanta
pobreza, era importante que os líderes europeus atacassem o drama da pobreza e não
desperdissassem recursos nos conflitos em curso, que bem poderiam ser
resolvidos pela via da diplomacia e da negociação.
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