quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

A próspera Europa tem muita pobreza…

A imprensa portuguesa divulgou hoje que, segundo os dados do INE, ”um quinto dos portugueses acima dos 65 anos é pobre”.
Numa época de prosperidade como aquela em que vivemos, em que as pessoas viajam e compram automóveis, a existência de tantos pobres na nossa sociedade tem que ser interpretada como uma aberração e uma violação dos direitos humanos.
A definição de pobreza e de pobre envolve, sobretudo, a falta de recursos e de rendimentos que assegurem a subsistência, mas também se manifestam através da fome, do limitado acesso à educação e da exclusão social, mas o conceito não é consensual. O INE afirma que em 2023, cerca de um milhão e 760 mil portugueses viviam com menos de 632 euros por mês, embora realçando que a taxa de pobreza em Portugal tivera uma ligeira diminuição em 2023.
No conjunto da União Europeia e de acordo com o Eurostat, em 2023 o risco de pobreza ou exclusão social era de 21,4%, correspondente a 94,6 milhões de europeus, sendo mais grave nos territórios ultramarinos franceses, no sul da Itália e nas regiões rurais da Roménia, parecendo que o problema em Portugal terá menos gravidade.
A edição de hoje do jornal La Provence que se publica em Marselha, destaca em manchete que 17.4% da população da Provença – uma região do sueste da França na orla do Mediterrâneo, onde se localiza a famosa Côte d’Azur – é pobre. Com tanta pobreza, era importante que os líderes europeus atacassem o drama da pobreza e não desperdissassem recursos nos conflitos em curso, que bem poderiam ser resolvidos pela via da diplomacia e da negociação.

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