O diário espanhol
El
País destaca na sua edição de hoje o debate parlamentar em que “Rajoy
da por acabada la crisis”, enquanto Alfredo Rubalcaba, o líder da oposição, lhe
perguntou “en qué país vive, presidente”. De facto, em 2013 a Espanha teve quatro
trimestres com crescimento negativo, a sua dívida pública aumentou 14,3% e o
desemprego situou-se nos 25,8%, pelo que o anúncio do fim da crise é uma
mentira e um exercício de propaganda. Porém,
não é só no país vizinho que, de repente e sem que haja sinais de recuperação
consistentes, alguns mentirosos têm “decretado” o fim da crise. É o caso de
Durão Barroso que, recentemente, afirmou que a crise está ultrapassada e que “a
União Europeia está a emergir da recessão”. Porém, em Portugal essa mentira já vem de longe. O primeiro mentiroso
terá sido o ministro Álvaro que, com a economia
portuguesa então em queda descontrolada, em finais de 2011 garantia que “2012
seria o ano do fim da crise”.
Porém, o nosso primeiro Passos tem sido o campeão do anúncio do fim da
crise, confundindo o sonho e a realidade. Em Setembro de 2011 anunciou em Castelo de Vide que o ano de 2012 era
"o ano do princípio do fim da emergência nacional". Em Agosto de 2012
afirmou na Quarteira que 2013 seria “um ano de inversão na situação da actividade
económica em Portugal". Em Janeiro de 2013 disse que "o ciclo
recessivo deve abrandar em 2013, dando início a um ciclo de expansão
económica" e em Dezembro foi peremptório: “estamos a vencer a
crise”. Em Janeiro de 2014 afirmou em Cáceres que os sinais de saída da crise
chegam “de todas as partes”.
Estas são apenas
algumas das muitas vezes em que o nosso primeiro Passos, que é conhecido por não cumprir nenhuma das suas promessas eleitorais, tem anunciado a
saída da crise. Deve ser apenas para convencer os mais distraídos ou, então, não vive em Portugal.
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