O turismo
representa actualmente um dos sectores mais dinâmicos da economia portuguesa,
tendo vindo a gerar receitas e a criar emprego desde há muitos anos. Este ano,
todos os recordes estão a ser batidos e, desde Março que o país tem
ultrapassado consecutivamente a fasquia dos mil milhões de euros de receitas
todos os meses, o que nem no tempo do Euro 2004 tinha sido conseguido, nem tão
pouco no tempo de Paulo Portas, quando esse impostor reivindicava em cartazes eleitorais que o boom turístico português era obra do seu
governo. Lembram-se?
As circunstâncias
internacionais, a meteorologia e o ambiente cultural desde há muito tempo que têm
desviado os fluxos turísticos internacionais para o sul e para o ocidente da
Europa, até pelo seu competitivo custo de vida. Porém, nos últimos anos,
sobretudo depois das perturbações provocadas pela Primavera árabe e pelo
terrorismo que tem ameaçado a Europa, esse movimento acentuou-se.
Hoje o jornal
catalão elPeriódico anuncia em primeira página que o terrorismo mudou o
mapa mundial do turismo e, de facto, essa é uma realidade que nem precisa de
ser justificada com estatísticas. Muitos turistas temem ser vítimas do
terrorismo e, só no primeiro semestre do corrente ano, a cidade de Paris perdeu
um milhão de visitantes, o que tem representado uma importante perda para os
sectores mais ligados ao turismo. Nesse quadro, o turismo favorece a Península
Ibérica e, no caso português, podemos dizer que é uma festa. São mais de dez milhões de turistas que nos visitam anualmente. Há turistas por
toda a parte: nas cidades e nos campos, nas estradas e nas praias, nos museus e
nos restaurantes. É mesmo uma festa! A economia portuguesa agradece.
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