domingo, 7 de agosto de 2016

Rio 2016 com inauguração deslumbrante

Ontem realizou-se a cerimónia oficial da abertura dos Jogos Olímpicos e, depois de tantos meses em que se amontoaram dúvidas quanto à capacidade brasileira para organizar um acontecimento de tamanha complexidade, o espectáculo apresentado no Maracanã foi uma resposta esclarecedora e deslumbrante. A imprensa internacional não se poupou a elogios à imaginação e à criatividade que “invadiram” o maior estádio do Rio de Janeiro, às cores, às luzes, à tecnologia e aos conteúdos musicais exibidos. Através de sucessivas representações servidas por luz, cor e muita música, foi feita a história do Brasil e da cidade fundada no século XVI pelos portugueses, foram apresentadas as áreas verdes e urbanas da cidade e foi representada a diversidade cultural brasileira.
A cerimónia iniciou-se com uma sugestiva interpretação do hino brasileiro por Paulinho da Viola num palco a evocar Óscar Niemeyer e prosseguiu com a “presença” de muitas celebridades brasileiras, desde Santos Dumont e dos seus voos pioneiros, até à famosa modelo Gisele Bündchen e dos seus desfiles pelas passerelles do mundo.
Foi realmente um grande espectáculo. O público participou activamente e até Michel Temer, o presidente brasileiro, foi apupado no estádio, enquanto no exterior surgiu alguma contestação aos custos dos Jogos Olímpicos, num país onde estão por satisfazer muitas necessidades básicas e em que prevalece uma situação económica desfavorável, com muito desemprego e muita insegurança.
Na sua edição de hoje o jornal O Estado de S. Paulo diz que “o Brasil fez bonito”. É verdade, o Brasil fez bonito e passou ao mundo e a três mil milhões de pessoas que assistiram à cerimónia pela televisão, uma mensagem paz, de criatividade e de imaginação que supera quaisquer desgostos que tenham no futebol. Mas foi um desregramento de dinheiro que era necessário para outras coisas, dizem alguns. É verdade. Tal como foi verdade que a festa impressionou o mundo.

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